“You can’t recognize true joy without pain.”
No último mês me deparei com grandes encruzilhadas de vida mas através de olhares alheios. De pessoas muito próximas a mim, pessoas muito queridas.
Foi assim que entrei no desafio #runwithrivs criado não para angariar fundos, mais do que isso; energia e boas vibrações para um amigo que está acamado.
Rivs corre, vive corrida. Assim que o conheci; correndo.
Talvez para quem esteja de fora do mundo do endurance esportivo não faça sentido correr, pedalar ou fazer yoga por alguém. Para a gente faz. E muito.
Escolhi que as minhas milhas energéticas seriam doadas em forma de corrida por alguns motivos além do protagonista da história ser corredor. Eu não treino corrida há muito e achava que para fazer valer tinha que sofrer. (Entendedores entenderão)
Em nove dias de desafio será que conseguiria correr 100 k?
DE ZERO A CEM EM 9 DIAS
Houve muita disciplina em correr todos os dias para não deixar que a quilometragem se acumulasse para os dias seguintes.
O primeiro dia foi fácil, no segundo já fiquei na dúvida se conseguiria correr tanta distância.
Foquei sempre em energizar além mar. Transformar aquela energia gerada e direciona la para as pessoas que estão nas minhas preces.
Depois do terceiro dia o corpo parece entender que a ideia não é parar tão cedo. Isso já esperava com a escola das provas em estágio. Nosso corpo tem uma capacidade enorme de adaptação.
Fluem pensamentos. Outro amigo energizado dessa história quer ir para o Alaska quando ficar bom.
Os sustos da vida afloram os desejos, trazem à tona o que gostaríamos de ter feito.
Até o covid tem dessas; “Lu, essa vida passa muito rápido!” A fala da minha amiga não me contou nada que não soubesse, ou que o relógio, que insisto em nem por no pulso, nos diz a todo segundo:
“Passa!”
Flui super poder; a consciência e privilégio de estarmos vivos e bem.
Foi no sétimo dia de corrida que enxergar a vida em milagres tornou se real. Tudo é um milagre. Tudo.
Talvez fossem os 77 quilômetros acumulados, ou os tristes e contraditoriamente lindos textos de Steph que me fizeram acreditar que é assim que devemos enxergar a vida; como um milagre, ou melhor, um acumulado deles.
Não foram só de lições e conexões espirituais que fizeram se 100 quilômetros.
Tiveram aventuras inesquecíveis como a de correr 6 quilômetros completamente no escuro e rir ao sentir o corpo cambalear com pisadas desengonçadas sob um céu estrelado. Obrigada Nuno.
O grand finale veio inesperado em forma de sopa. Pat Carol, uma amiga que tinha saído para correr 5 k quando me encontrou abraçou a causa e correu 13. Treze! E sem parar.
O pórtico virtual do desafio fechou um dia cinzento, não só ensinando nos (mais uma vez) que somos todos capazes, mas nos mostrando que existe beleza onde pode parecer não haver.
Viva!
One Response
Vivaaaaaaaaaaa! Obrigada filhota texto de deixar os olhos cheios de água , muita emoção e orgulho ! Te amo ❤️