O Plano era juntar a turma toda, mas uns se perderam pelo caminho “Oh Carlos!”. Então saímos os quatro; Zé, Martinho, Rui e eu para fazer o NGPS; um passeio organizado em que os bikers seguem o percurso pelo seu gps, largam a hora que lhes apetecer e desfrutam dos trilhos escolhidos pela organização, que diga se estavam muito bons!
Vaca Louca, o apelido carinhoso do nosso amigo Zé, ja o define bem. Seu amigo Martinho não difere muito do conjunto. Ambos estavam de bike elétrica. Ai voce me pergunta; “Bike Elétrica?” Sim! Existem uns malucos (talvez dois) que pedalam na subida para usar o motor para acelerar na descida. “Mas não deveria ser ao contrario?” Deixa pra la!
Eu fui com a minha Rocky Mountain, 26, old school, que me poe um sorriso no rosto no momento que eu subo nela. Engraçado pensar que pilotar uma bike “ultrapassada” me faz tão feliz. E mesmo sem freio da frente a diversão foi extra. Eu não sabia como meu corpo iria responder depois da aventura de 130 de quinta feira o Rui garantia “Voce vai estar bem!” E não é que ele teve razão? Seguimos sempre ritmados.
São Pedro ajudou. A previsão do tempo que não era das melhores, surpreendeu. O sol ate apareceu, e o dia de inverno se perdeu, principalmente enquanto gente subia.
Escolhemos o percurso curto de 45 k porque em altimetria era muito parecido com o longo, então resolvemos ficar com o concentrado em subida. E foi só! A primeira metade foi sempre a subir. Passamos por trilhas, cachoeiras, fisgas de Ermelo e aquela paisagem de Portugal que enche os olhos e preenche a alma.
No alto da subida a Tasca da Alice. Ainda chegamos num horário que deu para sentar e comer. O lugar estava uma festa. Ali encontramos a Marti, que dava apoio para o Renato. Sentamos juntas e matamos um pouco a saudades.
No monte, o Zé e o Martinho pareciam dois cachorros; saiam para explorar as possibilidades no meio do mato e voltavam ao nosso encontro por trilhas que nem existiam. Na descida os três sumiam juntos, quando eu tentava acompanhar ia pela pior linha possível; a mais cheia de buracos e pedras. Ria me dando conta de que estava tentando acompanhar 3 malucos de downhill.
O percurso inteiro (quando digo inteiro leia-se a cada 5 minutos) a gente gritava pelo “Carlos!”. Tenho dó das pessoas que pedalaram ao nosso lado e do Carlos, que deveria estar pedalando algures de orelhas vermelhas.
Soube bem pedalar como pedalamos, se divertindo imenso nas trilhas e nas bikes, fossem elas elétricas ou 26, para gente a diferenças não fizeram a menor. Estarmos ali no meio de amigos curtindo pedalar. Simples como isso. Valeu meninos! Por mais dias como esse! Viva!