Paddy Pallin Adventure race

O convite de Sebastian para fazer uma corrida de aventura na Austrália me pareceu uma ótima maneira de voltar às origens. Sebastian um chileno triatleta que conheci no x-terra aqui no pais nunca havia feito uma. “Vamos lá!”

Paddy Pallin é um circuito com opções de percursos variados e aparentemente, pelas informações de seu site, imaginei que a navegação não fosse ser algo de outro mundo. Blue Mountains, o local da etapa fica à menos de uma hora de Sydney, um parque natural daqueles incríveis que a Austrália tem.

Na manhã de sábado uma hora e meia antes da largada estávamos no parque para a retirada dos kits. Eu estava ansiosa como há muito não ficava;

“Será que eu lembro como navegar?”

“Acho que o tempo que temos não vamos conseguir estudar o mapa.”

Sem saber ainda como funcionaríamos como equipe em ritmo. A verdade é que nem teve muito tempo para pensar; a largada foi dada e já começava com um Rogaine buscar 5 de 6 checkpoints com um mapa recém recebido. Ali, na marra, já tive que me adaptar ao mapa e a bussola novamente. A sensação saiu do “Que saudade dos velhos tempos” para o “Como eu amo corrida de aventura!”

Eu me orientava e o Sebastian corria um pouco mais rápido para pegar os checkpoints. Terminamos a tarefa e pegamos as bikes para a primeira perna. Acabei me perdendo do chileno,  pensando que ele estava na frente segui rápido pela estrada até o primeiro Checkpoint, pouco tempo depois ele me alcançou.

Paddy Pallin Adventure Series, Lower Blue Mountains, GlenbrookA bike foi rápida e sem erros, peguei uma entrada de trilha onde muitos erraram e seguiram pela estrada. Quando vi que realmente estávamos no percurso certo fiquei me achando a navegadora das galáxias (hihihi)

Após mais alguns checkpoints entramos na trilha. Eram sete quilômetros de corrida e de navegação não muito exigente, mas preciso ficar atento aos checkpoints eletrônicos que eram sinalizados apenas por uma fita zebrada.

Demorou um pouco para convencer meu amigo triatleta a deixar eu levar a mochila dele (já que meu ritmo estava mais forte) mas depois alinhamos isso e o ritmo da equipe rendeu melhor.

De volta para mais um trecho de bike, com a navegação afiada seguimos para a transição que era perto do pórtico. agora para pegar coletes e remos e seguir num trekking curto até os caiaques. Nós já tínhamos decidido que eu iria atrás fazendo o leme, já que nossa diferença de peso não era significativa e seria a estreia do Seba na modalidade.

“Isso aqui é mais difícil que o Ironman!”_ seguia tentando se concentrar na remada. Eram dois Checkpoints entre uma ida e volta que dava 3 quilômetros do trecho. Enquanto cruzávamos com outros caiaques tentava descobrir quantas equipes mistas tinham na frente. Tinha uma logo ali!

De volta ao trekking final, um trecho curto “Ops estamos já na chegada, passamos desapercebidos pelo ultimo Checkpoint.

“Ah não!”_ O Sebastian voltou correndo para pegar, depois seguimos novamente para o pórtico. Com 3h50 min, pouco mais de 30 k, a primeira corrida de aventura em Solo australiano estava concluída.

Feliz surpresa! Entre as 36 duplas mistas que largaram chegamos em 5º. Nada mal para uma estreia, não é?!

Obrigada Sebastian pelo convite e parceria!

Paddy Pallin adventure race

 

 

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