Antes mesmo de descobrir o tamanho da encrenca que viria pela frente li que a Serra da Graciosa era mágica. Isso parecia ser tudo o que importava. Para que saber que o percurso de 20 km é feito de 14 de subida?
Embarcar para Curitiba de certa forma também é ir para casa, afinal os bons amigos que lá estão me receberam com todo o carinho do mundo. “Venha!” Obrigada Gu, Jaque, Mau, Fe e Lu. Teve jantar e cama quentinha. Ah sim! Estamos no sul, o friozinho tinha que incrementar a aventura. E quer saber? Graças a Deus!
A saída para Morretes, o local de largada, foi de ônibus da organização. Imagina a logística de levar quase 800 atletas? Tudo funcionou perfeitamente.
O planeta agradece! Assim houve redução de 75% na emissão de carbono. Eu sei parece clichê mas pequenas particularidades das competições como ações sociais para ajudar cachorros ou melhorar o planeta me conquistam a alma.
O dia estava cinzento, com aquele chuvisquinho que parece não molhar. Provavelmente se eu escolhesse um cenário não seria esse, mas felizmente eu não entendo ou decido nada, e o senhor Universo abençoou nos com o frescor da chuva que arrefecia os motores na subida, e uma bruma que deixou a floresta mais encantada.
Pontualmente foi dada a largada, a ansiedade deu lugar à paz de espírito. Eu não sabia como o corpo iria reagir, afinal não tenho feito tantos treinos de corrida, essa prova era mais um. Descobri que para quem sempre sai imaturamente forte na largada, esquecendo de dosar, talvez o percurso era meu número. Impossível acelerar na subida! E depois que a barreira do quilometro 14 foi quebrada o corpo corria tanto que a cabeça não acompanhava.
Foi uma prova linda, cheia de boas vibes e momentos mágicos; como o de dividir a chegada com Silvio um atleta que quebrava em quase 40 minutos o seu recorde pessoal! 2h03′
A corrida e feita disso; felicidade, magia, novos amigos e ainda selados em paraísos como esse?
Obrigada! Amazing runs!
fotos Paulo H Dultra