VAIL UPHILL – Winter Mountain Games

Perguntando para o campeão do Vail Uphill do ano passado:
_”Josiah em quanto tempo você fará a prova?”
_”Duas horas!”

Caramba, duas horas? Até eu subo a montanha em duas horas, e se o Josiah (rei do Xterra com títulos mundial e nacionais) faz nesse tempo quer dizer que eu tenho muita chance de ganhar essa prova.

Ou Pelo menos até tocar o despertador eu tinha!

Nem a temperatura de MENOS 16 graus e a neve que caía as 6.30 da manhã me fizeram desistir de escalar a montanha de Vail. Chegar na base da largada a e dar de cara com Josiah Middaugh tornava meu sonho ainda mais  real.

Vail Uphill é uma prova que está na sua sétima edição e agora foi incorporada pelo Winter mountain Games, criada em homenagem ao ultramaratonista Lyndon Ellefson, que morreu em 1998 num acidente em uma de suas corridas. Ellefson trabalhava na Gondola, inspiração para muitos, inclusive seu filho que fez um discurso emocionante minutos antes da largada. Até esqueci do frio.

O Uphill nada mais é que uma subida insana de 800 metros de desnível em pouco mais que trés quilômetros  da base em Lionshead até a parada da gondola no topo da montanha.
A arma de ataque fica á escolha do freguês, pode ser snowshoe, ski telemark, tênis ou botas.

Depois do meu trauma com snowshoe, decidi que iria competir de tênis  meu NB 110 que eu uso em corridas de trilha, confesso que me senti apreensiva porque ele é como uma meia e isso não impediria meu pé de congelar, mas por outro lado sabia que ele me daria tração suficiente para escalar a montanha branca além da sua leveza minimalista que eu gosto tanto. Aliado à dois trekking poles, o equipamento de batalha estava completo.

As condições do terreno estavam bem difíceis, havia nevado a noite toda, portanto tinha muito “powder” na pista. Das três provas que competi mo Winter Mountain Games, essa era a que estava mais cheia deveriam ter pelo menos 100 pessoas na largada.

Me baseando no histórico do final de semana larguei pronta para sofrer, tentando desviar a atenção dos meus pés que gritavam já completamente congelados.
“Será que aguento até o topo essa dor de frio?”

A neve que sobrava solta contribuía para algumas escorregadas e em poucos metros descobri que a maneira de evoluir mais rapidamente e ter retorno do esforço era pisar nas pegadas de quem subia na frente. Logo tratei de olhar para trás também “Dessa vez não serei a última! Ufa!”

Como a largada foi cedo as pistas de esqui ainda não tinham sido abertas, ou seja, aquela montanha toda era nossa! Céu estava cinza suavizando todos os contrastes de um visual lindamente branco. Tudo lindo lindo! Meu pé tinha descongelado!

Terminei a prova em 1’02 h, meia hora atrás do vencedor Josiah Middaugh.
Encantada pelo passeio gélido, branco e pacífico, acordada continuo sonhando!
Life is good!

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5 Responses

  1. I am still flashed about your transalpine performence. And now joining the winter games …you are just a monster of sports, aren't you?
    How will I finish transalpine 2013 without your spreading fun, tell me?!? 🙂
    Best regards, Andi

  2. Luli, para você, que já quase congelou mergulhada numa poça de lama numa prova de doidos que eu não lembro o nome agora, quase congelou na Trans Germany… até que esse uphill de tênis levinho foi bem 'suave' kkkkk

  3. Bem, querida Luciana Cox, isso só reforça uma característica sua: SER FELIZ!
    Alguém que faz tudo isso com muito gosto, prazer, dor e poder; só pode ter uma alma superior, que sabe onde está o início e o fim da vida: na FELICIDADE! E tudo isso te faz ser essa pessoa INCRÍVEL, e que todos nós ADORAMOS! Parabéns e que venham novas "ROUBADAS"!

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