Ha tempos que não alinhavamos juntas para largar. Minha nossa! Nem é bom pensar.
Num domingo, já não tão chuvoso assim, matávamos as saudades debaixo do pórtico de largada para os 38 k menos 3 que a organização cortou da prova por questões de segurança, depois da tempestade da madrugada.
Lama era a palavra de ordem, e quer saber? Como a gente gosta!
Saímos tentando animar uma largada sem buzina. Grande falha essa, duas bikes sem buzina?
O começo para mim estava complicado, mesmo num ritmo suave para esquentar eu estava sentindo o peso da prova do dia anterior mas nada que a gente precise conversar, os anos de parceria já nos ligam no automático.
Não demorou muito antes mesmo de entrarmos na lama encontramos com o Rui e sua bike parada com pane mecânica; “Quebrou a roldana!”
“Ah não!”
Sem muito por fazer seguimos, eu ainda abalada de mãos atadas escuto a Dri:
“Luli não podemos fazer nada! Segue, vamos nos divertir!”
Partes do percurso eram exatamente iguais ao dia anterior. E já começamos a recuperar posições na primeira subida íngreme de lama:
“Com licença!” _como a Dri e eu estávamos pedalando, dessa vez foi mais fácil ganharmos aliados, e alguns que empurravam suas bikes ajudaram a gritar:
“Abreee! As meninas estão em cima da bicicleta!”
Aproveitamos bem os singles e a trilha dentro da mata porque quando a gente voltava para o asfalto o nosso psicológico reclamava.
“Não. Temos paçoquinha quer?”
“Quero!”
Esse foi o primeiro que resgatamos. Depois a boa alma da Dri resolveu parar para ajudar outro que a bike estava dando chain suck:
“Toma! Passa esse óleo que vai resolver.”
Dito e feito! Depois da ajuda, o cara saiu pedalando e deixou a gente para trás.
Competimos sem pressão nenhuma, sem nos preocuparmos com posições. Era bom demais estar ali juntas depois de tanto tempo. Oxalá a prova durasse mais!
Na parte de lama da subida, a mesma do dia anterior, a estratégia foi a mesma.
“Desce e empurra! Pisa bem na lateral para não escorregar.” Ja a descida de lama foi o caos, a gente insistia em subir na bike e tentar descer ate onde a bicicleta desse rabeadas e nos jogasse ao chão. Eu cai mais de 5 vezes, a Dri foi gritando na frente e arrancando risadas dos mais cautelosos.
Claro que a lama pede um banho de lama e antes de voltarmos para o asfalto tratamos de fazer mascaras hidratantes para as nossas cútis! E foi assim com sorriso no rosto marrom que cruzamos juntas a meta. Empatadas em terceiro lugar na categoria e com o quinto melhor tempo entre as amadoras!
Mana, obrigada por mais essa. Nem preciso dizer que o meu lugar no mundo é na lama com você, né?!
Obrigada Trek pela bike que garantiu a diversão, Xterra por proporcionar nos uma prova tão bem organizada e animada!
Nossas aventuras não terminam aqui! 2018 ta recheado de aventuras da dupla!
Quem vem junto?!
2 Responses
que lindas, juntas! já tinha saudades! beijos, meninas : )
Ahh! Essas minhas rosinhas são demais, não! Estar na lama tem um novo valor depois desse relato!!!
Viva essa dupla incrível! 💖💖