Dois meses
sem poder correr por causa de uma fascite plantar, uma lesão bem chatinha na sola do pé que parece não querer curar nunca. Focando em bike e stand up não parecia estar tão mal para competir o Xterra em Paraty e fazer um teste do quanto a lesão teria melhorado.
sem poder correr por causa de uma fascite plantar, uma lesão bem chatinha na sola do pé que parece não querer curar nunca. Focando em bike e stand up não parecia estar tão mal para competir o Xterra em Paraty e fazer um teste do quanto a lesão teria melhorado.
Sem nadar e sem correr eu poderia ter me inscrito na prova de mountain bike que abria o circuito do Xterra, mas minha paixão pelo multi esporte falou mais alto e às 9 horas da manhã estava sob o pórtico com mais de duzentos atletas.
Para minha sorte um bom trecho da natação dava pé então a estratégia foi golfinhar até que fosse obrigada a encarar a modalidade que literalmente me afunda. Não ainda não aprendi a nadar e não seria dessa vez. Xterra acaba sendo sempre uma prova de recuperação; é sair lá de trás, lá das ultimas posições e tentar recuperar o prejuízo.
A transição estava montada no centro histórico de Paraty o que obrigou os atletas a fazerem uma transição da natação longa. Sorte! Saí correndo da água com muita vontade de pegar minha bike.
Agora estava em “casa” aproveitar a modalidade que eu estava treinada. O percurso de mountain bike foi bem variado; tinha estradão, singles, asfalto, subidas curtas e duras, trilhas foi possível manter uma boa média.
O calor não dava uma trégua, castigava muito e como a maior parte do percurso era aberta, ia minando as forças. Só água às vezes deixa de resolver em situações extremas como essa. Fui salva por uma turma de adolescentes que tinha uma Fanta gelada em mãos.
A torcida animada reunida no centro histórico era um gás extra na hora de trocar de modalidade: estava pronta para encarar a fascite.
A corrida foi a minha grande batalha, nem pela lesão que não se manifestou durante o trajeto, mas pelo calor e percurso monótono. Um estradão que nos levava às voltas sem uma paisagem atrativa sob o calor castigante do meio dia. Sete quilômetros e meio de pura tortura!
O plano tosco concluído com sucesso! Após passar o pórtico caí totalmente desidratada e sem forças. Fui a quinta mulher a cruzar a meta, primeira entre as atletas amadoras.
Obrigada aos meus patrocinadores, amigos e apoiadores em especial à Suunto pelo apoio a esse circuito! Andre e Bia pela companhia e cuidado! Tom Cox meu mano que sempre deixa a minha bike tinindo!
Agora vou me comportar e voltar aos treinos de bike! Juro!
P.S. Pois é eu tinha terminado o relato e comecei a falar com Raquel, uma amiga minha que também adora um Xterra, e chegamos a conclusão que talvez o que encante do Xterra é que as distancias variam, altimetria é completamente diferente de uma competição para outra; as modalidades são as mesmas mas sempre em condições adversas. Bem como os atletas, a colocação pode variar de uma prova para outra independentemente do treino. Quanto maior a habilidade de adaptação às mudanças de terreno e condições variadas de prova, melhor atleta!
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Sou fãããã! Claps Claps Claps