Acordamos e saímos a pé pela trilha que leva até a entrada da Via Ferrata, nós poderíamos ir uma parte pequena de trem mas a trilha é património da Unesco seria um desrespeito não percorre la, não?
Estamos no sopé do trio de montanhas famosas: Eiger, Mönch e Jungfrau. Nosso destino é o Eiger famoso e cheio de histórias incríveis e algumas assutadoras de escaladas do século passado. Aqui na trilha estamos há 2.300 metros acima do nível do mar.
Lac de Fallboden já faz a primeira subida do trekking valer o esforço. Olha isso!
Seguimos as marcações para a entrada da trilha da Via Ferrata. As trilhas aqui nas montanhas da Suíça são incrivelmente bem marcadas. Curioso: não existem distancias, a medida é em horas e minutos. Outra curiosidade que aprendemos na prática é que as trilhas que levam às Vias Ferratas são marcadas em azul e branco no lugar do branco e vermelho; para não ter dúvida das escolhas feitas. hihihi.
No caminho parapente já decolando. Esses dias aqui o céu sempre esteve pintado deles. A voadores em todos os cantos do país.
Para chegar na entrada da trilha para a via ferrata seguimos a Eiger trail, e logo no começo já nos deparamos com neve. Esse ano a neve está demorando mais para derreter, um dos motivos que não conseguimos fazer a Via ferrata lá no Aletsch.
Vamos acompanhando o imponente paredão do Eiger, sem saber onde raios dele que iremos subir.
Até que nos deparamos com a entrada da trilha azul e branca.
Aqui uma enorme placa com a temida face norte do Eiger e a rota Heckmair, percorrida em 1938 pelos primeiros conquistadores do cume do Eiger, escalado pela face norte. Antes disso, com as mortes de duas equipes de escalada a parede de 1.680 m de ascensão era considerada o “paredão da morte”, e o Eiger uma montanha não escalável.
Quase 100 anos depois estamos aqui, tendo o privilegio de poder escalar uma Via Ferrata num lugar tão cheio de historia.
Diferentemente dos quatro heróis, nós não enfrentamos dificuldade. A Via Ferrata Rotstock é fácil, com muita escalada em Pedra e sem grandes partes vertiginosas.
O “mil folhas” de rocha torna fácil o posicionamento de mãos e de pés. A paisagem é algo de maravilhosa!
Na subida encontramos um escalador que descia a Via (!) sem entender, depois descobrimos que ele achou a descida muito perigosa e resolver voltar pela Via. (as Vias Ferratas tem apenas um sentido)
Depois de uma hora e pouquinho, sem pressa nenhuma, chegamos ao nosso topo.
Com 2.663 já sem ar, e 1.000 e tantos metros abaixo do topo do Eiger.
Aproveitamos para curtir a conquista, sentamos e fizemos um pique nique. E claro que fizemos amigos.
Hora de se despedir e encarar a descida.
E não é que a descida era mesmo desafiante? Ainda estava com muita neve e isso tornava o percurso super escorregadio, e como era íngreme ficamos com medo de escorregar e não parar nunca mais. haha
Ainda tinham trechos que era preciso descer pela rocha com o auxilio de cordas. Divertidissima. A aventura continuou até que chegássemos novamente na estação. Dali descemos pela mesma linda trilha de trekking.
Sim, paramos no caminho de novo no lago; lá tinham umas cadeiras reclinadas com pés dentro da água gelada, foi só ligar o spa e sentir bolinhas de ar relaxantes massageando os pés. Viva a Suíça!
Nos despedimos do imenso paredão. Agora sim conseguimos identificar por onde passamos escalando. Tá vendo aquele primeiro topinho aqui no maciço a direita? Só esse trechinho são nossos 300 m de ascenção.
Obrigada Eiger!
Pegamos as nossas bikes e seguimos descendo pela famosa Eiger trail até Gimmelwald.
Onde celebramos a conquista do dia, com um delicioso fondue! Até amanhã!
One Response
O meu Zeus ! Que espetáculo incrível!!e que tempo deslumbrante devia estar fresquinho né? Aqui vc nem imagina eu tive uma experiência e tanto tá tão quente que suava enquanto nadava é mole? Bjs saudades