Terceira prova de cross do ano. Taça do Porto, primeira que competi como federada aqui em Portugal.
Moures, Amarante me sentindo no “quintal de casa” em pista esculpida com amor pelo amigo Antônio Navega:
“O percurso está durinho!”
Nāo me preocupei muito em saber o que ele quiz dizer com o adjetivo. Mais a frente descobri que em Amarante até circuito de cross subida é o que não falta!
Na retirada dos kits conheci Marisa, que pedala e tem também uma bicicleta com flores além de capacete com flores E corações! Eu perguntei se podia ser da equipe dela, a resposta não foi afirmativa mas mesmo assim selamos uma linda amizade! Depois ganhei até torcida!AQUECIMENTO
Depois de alguns minutos de aquecimento em rolo constatei que o sofrimento seria inevitável; com o corpo ainda cansado da Croacia não iria haver milagres.
Fui fazer a volta de reconhecimento do percurso com o Rui e por um erro de timing quase perdi a largada pontual.
PRIMEIRA VOLTA
Acelerando como nas provas anteriores entrei na trilha no meio do pelotão das mulheres, numa pequena subida tive que sair da bike e contornar uma das meninas que travou o percurso.
Na passagem por uma vala voei sem controle para esquerda e fui parar no meio de galhos secos, até minhas antenas ficaram presas! Me desenrasquei e sai atrás de uma das meninas que tinha ultrapassado, mas ainda em primeiro na minha categoria.
Descida: não consegui pegar a linha de um drop que eu tinha adorado: “Na próxima vai.”
Subida: eu só percebi que era subida durante a prova. Meu coração estava saindo pela boca e as pernas cheias de ácidos lácticos! “Isso ainda é a primeira volta?”
SEGUNDA VOLTA
“Agora o drop não me escapa!”
“Vai por aí?” Pergunta o fotógrafo aflito. E depois que desço com louvor respondo:
“Espero que tenha tirado a foto!”Já pedalava sozinha com a posição aparentemente consolidada. No final da volta os da categoria masculina já começavam a pedir licença. Isso é bom para mim porque os meninos impõe outro tipo de ritmo, aí tento aumentar um pouco a minha velocidade. Em vāo! Mas os ânimos agradecem.
TERCEIRA VOLTA
“Ufa!” Já sem forças nenhuma nas pernas.
“Agora vai!” Novamente o fotógrafo. Dessa vez de máquina em punho.
Logo após o drop já tomei aquele tombo, no chão:
“Muita pressão psicológica!”
“Eu juro que não fotografo!”
***
O circuito era duro mesmo, principalmente pela exigência da subida na segunda metade da volta. O piso era fluído e pedalável, com curvas de manobras necessárias e singles divertidos. Bem diferente dos circuitos das competições anteriores e também cheio de personalidade. Parabéns Navega, adorei!Com menos de uma hora fechei as três voltas do percurso. Em primeiro na categoria. O speaker anunciava a vitória e dizia que através de nós, amigos reunidos, compartilhando um lindo dia de sol em cima da bike em trilhas técnicas de Amarante, imortalizávamos o João. Momento de agradecer!
***
Obrigada ao Sr Delmino presidente da Federação de ciclismo do Porto pela atenção com o meu processo de filiação.
Obrigada Teknovelo pela parceria e cuidado com a minha bicicleta.
Last but not least; Rui pela cumplicidade e mais um dia divertido em conjunto!
2 Responses
Ameiiii o relato. Foi dura mesmo Mana, fiquei cansada já na primeita volta. Será que eu descia aquele drop?
Te mao😊💗
A cada narrativa descubro que não sou cardíaca crônica, ufa! Superei msis uma prova! Hahaha… Parabéns Luli! Vc é demais!!!