O Rio Antigo do Régis

Lá fomos nós encarar o “Rio Antigo”, uma prova do circuito de corrida pelas ruas urbanas do centro do Rio. Só mesmo Regis e Inês para me tirarem da cama em um domingo as 6 da manhã para competir no centro da cidade (com toda aquela Orla! Carioca é bicho estranho!) e ainda na pipoca.

Fora eu, todos estavam inscritos; Rosanne, Luiz e Inês iriam para o desafio de 5 e eu resolvi acompanhar meu amigo Régis no percurso de dez quilômetros.
Regis que estava feliz que iria se ver livre de seu “pacer” de costume Luiz, não ficou tão sossegado quando descobriu que o “diabo rosa” (como eles mesmo me apelidaram) iria substitui lo.

As largadas no Rio são mais tumultuadas que as paulistas, o que permitiu com que me infiltrasse na massa. Logo atrás do Régis largamos. Nunca fui pacer de ninguém, o pouco da experiencia que eu tenho é de ficar amolando a Dri nas competições que fazemos juntas. Nunca deu certo!

Já que o Régis não levava relógio não era eu que iria ficar controlando a velocidade média, minha estratégia era acompanhar e tentar passar um pouco da minha vivencia de competição. Otimizando as descidas:
“Régis abre a passada sem que isso altere seu batimento!”
“Calçada também é pixxta!” _ imitando cariocas que dobravam a curva na tangente.

Terminados os primeiros 5k hora de atacar o psicológico:
“Beleza agora a segunda parte será negativa.”
“Oi?”
“Negativa! Faremos a segunda metade mais rápida que a primeira.”
“Negativo!”
Bom isso de certa forma era um bom sinal, estávamos no limite o que nos impedia de acelerar.

No meio de uma reta monótona de prédios, resolvi puxar:
“Bora bora bora, acelera esse passo!”
Surtiu efeito contrario! Ai ai que pacer de meia tigela que fui sair!

Ai olhei pra cima e pensei o que me fazia acelerar.Olhei para a avenida que corríamos sombreada pelos prédios a volta em seu meio um facho de céu azul e pássaros curtiam a manhã.
“Aproveite a vida!”

Na curtição estávamos na reta final de chegada. Com sorriso no rosto, sem se preocupar com pace ou tempo cruzamos o pórtico de chegada, 2´30 minutos a menos que seu melhor tempo! Veja o percurso aqui!
Obrigada Régis por me deixar testar sua paciência, descobri que ela é do tamanho do seu coração!
Que venham mais aventuras!

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One Response

  1. Correr sem relógio foi muito legal. Ainda mais com quem ? Meu lado machista mandava eu acelerar mais para tentar ouvir você bufar, mas meu lado mulherzinha mandava ordens explicitas que eu precisaria das pernas pra trabalhar na segunda feira. Eu que agradeço a oportunidade ímpar de correr ao lado de quem sabe das coisas. Bjos

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