TRÊS RIOS OBSTACLE RACE – relato da prova

A aventura
já havia sido programada ha um tempo, tivemos algumas baixas na equipe, mas Régis,
Jesus e eu seguimos para a cidade de Três Rios, interior do Rio de janeiro para
a corrida de obstáculos de mesmo nome.
Por
problemas na viagem chegamos muito em cima da hora da largada da nossa bateria
que era às 9 horas e conversando com a simpática organização conseguimos mudar
nossa largada para as 10, a terceira bateria da competição. O destino nos
colocou no mesmo horário que o COE (Comando de Operações Especiais) e do BOPE (Batalhão
de Operações Policiais Especiais) motivação extra para correr mais.
A
referencia que tinha de corrida de obstáculos era assustadora, a minha única
experiência Tough Guy na Inglaterra havia me traumatizado por muito. Era
previsível que provas desse tipo tornariam se uma febre mundial, sem o frio
extremo da Inglaterra restava apenas muita diversão.
Diversão e
competição. Tenho que confessar; alinhada na largada só ouvia as batidas do meu
coração e o sangue competitivo acelerava a ânsia de correr. Ainda deu tempo de
escutar algumas dicas de atletas que tinham concluído as baterias anteriores e
tentar imaginar o que vinha pela frente, mas só vendo. Largamos.
Poucos
metros e já estávamos correndo entre pneus, tentando desviar dos suspensos que
eram empurrados sobre os outros para abrir passagem dos atletas. Obstáculo um
já ficara para trás, numa subida não muito ingrime uma mulher me ultrapassou,
eu estava próximo ao meu limite e como era muito começo de prova achei melhor
não forçar mais.
De uma
forma natural consegui recuperar minha posição tentando acompanhar Jesus que
corria desenfreadamente na minha frente. “Jesus!!! Imagina se ele treinasse?”
copiando sua estratégia passei o segundo obstáculo passar por debaixo e depois
pular por cima de troncos de eucalipto.
Após
algumas trincheiras e lama uma subida bem ingrime , no meio do BOPE  eu não queria parar de correr e ouvindo
respirações ofegantes e elogios seguia num trote rumo ao topo. Ia mirando o
famoso símbolo “faca na caveira” estampado nos uniformes dos mais bravos
competidores.
O percurso
da prova era bem sinuoso, sempre em uma pista acidentada larga de terra. As
curvas muitas vezes me deixavam no controle: “Não vejo nenhuma mulher atrás!”  conseguia saber também a minha distancia do Jesus, e o
Régis meu amigo que vinha logo atrás!
Os
obstáculos eram muito bem montados; trincheiras, piscina de gelo, cordas para
subir e tocar um sino, rampas, muros, montes de terra, pedras. Todos vigiados
pelo staff e “Ai” de quem não cumprisse a tarefa. Os castigos também foram
muito bem aplicados e quem não finalizasse o obstáculo corretamente era
obrigado a pagar um castigo (subir um morro, carregar pneu). Eu passei batido
por todos os obstáculos que cruzei, não tive que “pagar nenhuma prenda”.
Os obstáculos eram a diversão, torcia quando saia de um para encontrar e descobrir
logo outro. Como não havia estudado a prova, fui me surpreendendo ao longo do
caminho, a própria criança em parque de diversão!
Numa das
subidas bem ingrimes segui correndo com passos curtos no meio dela passei
um caveira, logo em seguida escuto um espectador: _ “Ih ò lá, a lorinha tá
tirando onda com o BOPE.”
Obviamente
o Sr 02 desceu como um rojão ao meu lado e logo me ultrapassou novamente. 
“Faca
na caveira!”.
Lá do alto,
pouco antes de começar a descer  já ouvia
o speaker anunciado: “Logo mais a primeira mulher cruzará a linha de chegada.”
Muito feliz
com a classificação e por outro lado triste (eu queria era mais obstáculos e
chão!)
Em meio ao do batalhão da policia especial cruzei a linha final da prova. Com tempo
de 30’42 para os cinco quilômetros bem preenchidos de obstáculos eu estava mais
que realizada. Agora era esperar as outras baterias para depois saber que no
resultado final eu tinha quatro minutos de vantagem sobre a segunda mulher. 
Campeã geral do 3 Rios Obstacle Race!!!
Parabenizo a
organização da competição por desenvolver uma prova bem projetada com percurso
bem marcado e desenhado. Apenas espero que na próxima edição a cronometragem
seja um pouco mais precisa e atualizada.
Obrigada Jesus
e Régis pela companhia de prova e do dia inteiro, esperar o pódio sem vocês não
teria a menor graça! Obrigada aos meus patrocinadores e incondicionais
apoiadores New Balance, Suunto e Cofides.

Quer ver e
prova que lançou a moda? 
TOUGH GUY a corrida curta mais dura que já fiz na vida! (aqui)

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One Response

  1. Sra Lulicox … és exemplo a ser seguido..lutou bravamente … motivo de orgulho dos Caveiras … que por instantes … imaginaram tida essa garra e determinação no Teatro de Operações.. daria uma ótima Combatente… Cão de Guerra … Caveira!!

    Força e Honra sempre!!! Vá e Vença!!!
    Sargento Ricardo Mourelhe (Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE – RJ)

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