Vamos começar pela véspera; dia bom, com aguaceiros mas com sol à espreita.
Ao retirar o kit já dei uma boa vista de olhos do quem vem por aí.
Arame farpado sobre pedriscos. (ui!)
Subida de corda na água.(oi?)
Um lago incrivelmente belo em tons esmeralda: Lac de la Cavayère, carinhosamente apelidado como a praia de Carcassone.
Fast foward para o dia D, ou o jour J; esquece o calor adiciona chuva e frio e vamos para largada, de bicicleta! Eram dois quilómetros da simpática guest house que me hospedei.
“Ah vai molhar mesmo!”
As largadas da Spartan são contagiantes; a música alta, a contagem regressiva, a agitação das largadas em série, os gritos de guerra, assim, até o frio entra na dança.
As mulheres largam todas juntas e sob o pórtico eu faço o exercício de tentar adivinhar quantas delas estão no meu age group. É engraçado pensar nisso; tem umas caras que não tem como enganar, agora outras… o esporte é mesmo ageless.
Ao som dos gritos da mulherada é dada a largada. O percurso já vai numa descida desenfreada até a praia de pedras.
Pula parede. Rasteja sob o arame farpado, sim! nas pedras.
Encara uma travessia do lago.
“Ai que água fria!”
Confesso que durante a prova não senti o frio pegar, mas foi só cruzar o pórtico que ele apareceu. Tremia que não parava mais, e ainda fui embora pedalando na chuva.
E olha que foram várias “nadadas” no lago, uma das travessias tinha que levar uma tora junto. Demorou pouco para ter e brilhante ideia de deitar em cima dela e ir batendo pernas até o outro lado, me divertindo!
A imagem que construí ontem da prova, se desfez com a água.
Os obstáculos aéreos (os que mais amo) ficam completamente escorregadios e impossíveis… e toma penalty loop! Eu saio pra volta extra que nem criança de birra, não pela penalidade mas porque me tiraram do parquinho!
“Eu quero brincar!”
Talvez a estratégia competitiva (não que eu seja hihi) num dia de chuva seja nem perder tempo com o que vai escorregar e já ir direto pro castigo.
Mas a diversão vem sempre antes da competição então, porque não tentar subir na corda da água?
O máximo que pode acontecer é…
Penalty loop!
O que nos obstáculos poderia ser alternativa, no percurso era obrigatório; a palavra da vez (pra quem leu a viagem até aqui) “il y a de la BOUE!” o percurso era lama pura! Tava divertido correr tentando me equilibrar; nas descidas era tipo “senta e vai!”
Os obstáculos de peso. Algo que ainda não consigo mensurar; em Maillorca foi tudo mais fácil que hoje, e supostamente os pesos são padronizados.
Sofri horrores para carregar saco de areia, balde e o raio da bola…mas pela foto eu faria de novo! 🙂
Os obstáculos que eu falhei no final; a lança (desculpa Vó, ainda não foi dessa) e as argolas tinham peso agregado ao penalty loop.
“Mas cadê a corrente de peso diferente para as mulheres?”
“É tudo igual?”
“Oi?”
A corrente era tão pesada que nem por no ombro eu consegui, fui arrastando aquela âncora de navio por 200 metros e xingando a cada meio.
Com 2:08 um tempo quase idêntico ao da prova anterior cruzo o pórtico de chegada, mas dessa vez em quinto na minha categoria. (Faltou meu treinador preferido na torcida!)
Fui embora para casa de alma lamada! Venha a próxima que eu não parei de brincar!
3 Responses
La boue é só um pormenor diante de tanta força de vontade para te divertires🫶
Não tem corrente nem peso que te pare♡
Sigo junta 🌸🌸🌸
Minha nossa que prova bruta, acho que ficaria presa nos alemães fardados pra sempre.. hahahah.. parabéns Mana, realmente virou seu parque de diversões 💗
Hahaha muito booomm!!!! Demais mana, parabéns!!!!