Era chegar na sexta de Portugal para largar no sábado no Brasil.
Assim num susto já estávamos em Indaiatuba para o Xterra.
Pronta para largar no Parque Mirim. Menu do dia; x-triathlon 1,5k de natação, 34 de bike e 7k de corrida.
Lá naquele lago de água barrenta me encontro na luta comigo mesma; na minha cabeça a melhor hora para treinar técnica é depois que dão o sinal de largada. Pudera, nos primeiros metros já estou, como de praxe, me afogando. Pensando pelo lado bom é a primeira modalidade. Sem o neoprene numa das regiões mais quentes do Estado até a água vira sopa.
“Foca nas bóias tenta nadar em linha reta.”
Na volta o sol estava contra o que dificultou pouco minha navegação.
Pouco mais de trinta minutos saí da água.
O percurso do mountain bike era basicamente estradão percorrendo os largos campos verdes. Com a minha bike “old school” roda 26 foi divertido relembrar. Manter o ritmo de giro com três coroas na frente trouxe uma transição e quebra de velocidades rápida. As subidas íngremes mesmo sem volume de treino ficaram mais fáceis de encarar.
O Rui fazendo o seu percurso de reconhecimento do mtb o dia seguinte, aparece para me acompanhar. Eu sofrendo de esforço tenho que aguentar um ser passeando ao meu lado. Treinasse mais, não é mesmo?
“Vai na frente que me ajuda mais psicologicamente!”
Ele foi. As vezes parava pra filmar e fotografar. Alguém tem que trabalhar.
O ponto alto do percurso de 34 quilômetros da bike era um pequeno single em mata fechada que tinha já perto do final. Calor do Brasil, cigarras cantando em muitos decibéis me arrancam sorrisos. Que delícia estar em casa.
O percurso da corrida era uma volta ao lago do Parque Mirim, a maior parte do percurso era em asfalto. Devia estar quarenta graus na sombra, eu estava derretendo.
Aí no auge da minha luta contra o esforço ouço pneu de bike. Nāo Rui, mas Toninho e Lenita apareceram para matar as saudades e tirar sarro, não nessa ordem. Mais à frente se juntaram ao Rui e saíram pra pedalar me abandonando na luta com o asfalto sozinha.
Os menos de sete quilômetros de corrida (ainda bem!) transformaram se quase em desmaio depois do pórtico de chegada. Mas nada que um beijinho não curasse.
Quarto na geral entre as mulheres e primeira na categoria.
Obrigada Rui pelo amor e parceria que se expressam em tantas formas.
Obrigada Tom por ter cuidado da sobrinha de duas rodas e ter deixado ela tão redondinha para competir. Quantas memórias boas!
Obrigada Toninho e Lenita, que recepção deliciosa de Brasil.
Obrigada Xterra, staff, organização é sempre muito bom estar no meio dessa família.
3 Responses
Ameiiiii o relato. Só de ler me afoguei, morri na bike de calor e derreti na corrida…. hahahahaha
Love u💗💗
Tirei tanto sarro de vc que depois fui eu a derreter naquele percurso de bike sem sombra, no pior horário do dia!!! Parabéns loira, vc é fera!!!!
Tenho muito mas muito orgulho em ti!
Com treino ou sem treino, tu és A MINHA CAMPEÃ DO MUNDO ❤️