“O prólogo será uma etapa relativamente curta (13 quilômetros com algumas centenas de metros de escalada), onde todos os pilotos terão sua primeira amostra do que os espera. Esta “etapa de sprint curta” será usada para medir tempos, que por sua vez determinará suas posições de largada na corrida. Os bikers pedalarão ao longo e sobre a famosa praia da cidade de Baška, em direção ao limite da cidade, onde começarão uma curta subida em direção a uma floresta de pinheiros entrecortada por pequenas trilhas técnicas e depois voltarão para a praia da cidade.”
De manhã gente demorou provavelmente duas horas para tentar arrumar a trela com que o Rui me puxa. Tentamos ir ao supermercado ver se achávamos alternativa. Nada.
As horas livres que a gente tinha pela manhã passaram. Finalmente, com a coleira funcionando partimos para a largada.
Prólogo, aquele percurso que a gente já conhece!
Duplas alinhadas em fila por ordem de número na partida. Largada de um em um minuto.
Os médicos checam nossa temperatura, subimos pro podium de largada.
12:12’30 podemos tirar a máscara.
12:13 largamos!
Os primeiros metros da prova são na praia de pedras. Como eu fiz força! Hora de começar a subir, e minha pulsação já estava nas alturas.
“Mete um ritmo e vai certinho.”
Ouvindo as recomendações do Rui me conscientizei que devia prestar atenção na respiração e gerir o esforço.
Algumas partes desse trecho no reconhecimento fiquei apreensiva porque o desfiladeiro mete impressão. A trilha é técnica mas não assusta, a ideia de rolar lá pra baixo é que sim. A adrenalina nessas horas ajuda, passei batido em muitos lugares que antes não o fizera.
Na primeira subida não técnica o Rui me passa a coleira. “Está!” é a palavra chave para ele acelerar o motor e eu tentar girar para acompanhar presa por um fio.
Ali conectados literalmente me vem o agradecimento “Ainda bem que a coleira está funcionando.”
Não pelo poupar de esforço mas a cumplicidade que se gera ao trabalhar em equipe. Em alinhar, criar a nossa estratégia, planejar, atacar e se divertir.
O Rui lembrava de grande parte do percurso e isso ajudou muito.
Quando entramos num single depois de um bom tempo competindo sozinhos, avistamos duas duplas.
“Calma, estamos no nosso habitat, vai certinho.”
O trecho era uma subida técnica cheia de pedras, desequilibrei algumas vezes mas estava bem focada e ia pedalando de olho no alvo.
Foi preciso começar a descer para a gente poder passar as duplas, que ao perceberem que estávamos atrás, abriram.
“Thank you.”
Seguimos.
A última parte era plana e sem técnica; “É agora que temos que acelerar.” Com medo de que perdêssemos o que tínhamos conquistado.
Num trecho de asfalto clipamos e eu nem tinha marcha na bike para acompanhar o andamento. Hahahaha adrenalina a mil.
Com 49’47” finalizamos os treze quilômetros divertidos do prólogo!
Com sorriso de orelha a orelha cruzamos o pórtico de chegada.
“Sorriso?! Põe a máscara!”
Hihihi
Obrigada a todos que enviaram energias ensolaradas, elas chegaram aqui intactas!
Amanhã tem mais. Muito mais! Não saiam daí!
Love!
2 Responses
Adoro essa cumplicidade de vocês ! Luli na coleira 😜
Tô vendo que o Rui vai me substituir… rsrsrs que demais esse trabalho em equipe. Amando.💗💗