Saímos de Punakha estava um sol radiante.
Nos despedimos do nosso terraço e visual de dois dias. As vistas desse vale são mesmo lindas!
Antes de seguirmos viagem passamos na ponte para minha mãe sentir a emoção de atravessa la.
Depois pegamos a estrada; aquela que vocês já sabem. Sinuosa, cheia de curvas e abismos. No pais não deve ter nada em linha reta.
O dia está azul e temos as vistas das montanhas. Aproveitando o visual paramos para almoçar num restaurante no meio da estrada, a comida estava uma delicia.
Segue viagem, de repente no meio da estrada aparecem Macacos, mais especificamente Langures.
“É muito raro encontrar com esses macacos! Quando isso acontece acredita-se que trazem sorte.” Aqui no Butão essa espécie é respeitada e protegida, pois, segundo algumas tradições budistas, os langures estão associados a divindades e são vistos como seres espirituais que vivem em harmonia com a natureza. Vivem em florestas de altitude elevada entre 1.500 e 4.000 m. Pudera! Estamos quase a chegar no alto da passagem da montanha Pele La pass que fica a 3.400 m.
Não só de langures vive a altitude, os ianques também andam por aqui.
Lá em cima na travessia da montanha, paramos numas barraquinhas onde vendiam produtos de lã de iaque e também queijo. O queijo fica exposto pendurado em “colares” com os quadrados.
Ele é produzido artesanalmente e vendido em mercados locais ou diretamente por pastores de iaques nos lugares mais altas do país.
Na barraca que compramos dois cachecóis a moça nos deu dois quadradinhos para experimentarmos.
“Que coisa dura!” Ao tentarmos morder ela deu risada, e em sinais nos mostrou que deveríamos po los inteiros na boca e esperar que se dissolvessem. É como se fosse uma bala de queijo, feita com essa intenção, alimento para os nómades das montanhas.
Quando chegamos nos destino, o Vale de Phobjikha,fomos ver o centro de preservação dos grou-de-pescoço-negro, a ave iconica mais preservada daqui, também considerada como uma espécie sagrada. Esses pássaros majestosos migram do Planalto Tibetano para o Butão durante o inverno, chegando entre outubro e novembro e partindo em fevereiro ou março. Ainda pudemos observar algumas de binóculo.
Phobjikha é uma área de conservação onde a construção de infraestruturas é limitada para não prejudicar os grous.
Tudo muito bonito e tal, mas eu não falei aqui ainda sobre a quantidade de lixo que tem no país. Quem me conhece sabe que talvez a causa que mais me mova é essa conscientização, que não existe aqui.
Então, para mim teve um certo confronto de sentimentos ao ver um centro de preservação e luta por uma espécie, quando do outro lado, nas beiras de estrada, vilarejos e entornos de templos encontra se tanto lixo no chão. Aqui eu ando pelas trilhas com um saquinho na mão e vou implantando o #catalixo no país.
Encontramos com algumas placas até alertando sobre o lixo, mas a educação não existe. Pra mim, num país que se gaba por ter cota negativa em emissão de carbono, num país que se aprende a meditar na escola (meditar!), encontrar lixo no chão me dá uma não agradável percepção.
O Butão, nos recebe com um guia, nosso anfitrião da casa, que carinhosamente nos apresenta tradições, cultura e valores do país. Em todos os cantos do país, hotéis, templos, existe fotos do Rei. Nos recebem, sim com todo amor e nos fazem sentir em casa, mas infelizmente, a casa é suja.
2 Responses
Ameiiiii acompanhar essa viagem incrível !! As fotos , as informações , demais !!!
Quem sabe, se de “flor” em “flor” daqui a uns anos esse cata lixo, esse cartaz e as pequenas ações não despertem um lado consciente para um dia terem uma “casa” limpa e com as cores ainda mais realçadas♡
Obrigada por partilhares 🥰😘🌸🌸🌸