Bordeaux – Saint Émilion 62 k – 4:30h de pedal – 7h de viagem
O primeiro dia de cicloviagem tracei a rota e lá fui eu verificar todos os detalhes.
É diferente viajar programando rotas (onde tratei meninas para pedalar) das aventuras à solo. Nessa, não dá para ter as roubadas de costume.
É preciso analizar o percurso com outros olhos, pensar na segurança, pontos de parada, e montes de outras coisas. Ah, mas a França é a França, é muito mais fácil planejar uma rota ciclável. Aqui até o Google ajuda quando se quer ir de bike.Vamos ao primeiro dia de pedal, saindo de Bordeaux já cruzo a ponte sobre o rio Garone e do outro lado me despeço da cidade no horizonte.O dia está sol e a temperatura baixa faz com que as vezes eu tenha que parar para contar os meus dedos e ver se ainda estão todos. Socorro!Bordeaux é a porta de saída de dois enormes rios franceses, vindos de lados opostos, o Garone e o Dordogne encontram se aqui. Entre eles das regiões famosas de vinho. Aqui é palco do pedal de hoje; “entre deux mers”.O pedal do dia é 70% em ciclovias isoladas. Sem carro rodeado de verde.
Com a metade da distância do dia percorrida passo pelo mosteiro La Sauve Majeure datado de 1079 e patrimônio da Unesco.
Antes de chegar ali para conseguir apreciar a obra romanesca eu tive que parar no McDó.
É eu sei, deveria ser crime inafiançável fazer isso na França.
Mas já que fiz, posso contar; as embalagens (copo e porta batatas fritas) são retornáveis! Depois do Mosteiro e ruínas da igreja, sigo viagem. E se a primeira parte da rota foi beirando o Garone, o final do dia é com o Dordogne.
Ah Sr Dordogne! Em maio suas águas serão desbravadas. Reserva da Biosfera pela Unesco o Dordogne acompanha todos os dias da nossa ciclo viagem. Ou será que acompanhamos ele? Vamos junto!Os últimos quilômetros de pedal já são no meio de vinhas, as famosas de Saint Émilion.
Com 62 quilômetros a Paulette e eu chegamos bem comportadas à Vila Medieval, das mais lindas.
A Sra do hotel queria que a Paulette dormisse na rua, quando ela viu a minha cara de descontentamento tratou de achar um lugarzinho mais reservado.
Como ainda tinha horas do dia resolvi ligar para o hotel que ficaremos em Setembro para perguntar se poderia visitar.
Agora imagina meu francês! O Sr do outro lado não sabia se ria ou chorava. Eu desliguei o telefone e gargalhava sozinha. Ainda fui até lá e batemos maior papo!
O povo Francês não costuma ser muito receptivo com aqueles que chegam falando inglês.
E quer saber?
Isso garante muitos episódios engraçados!
Amanhã tem mais!
À tout à l’heure!
2 Responses
Esse pedal lisinho, sem carros com água à vista e boulangeries…deixa vontade de querer conhecer!!!😍😍😍
Nossa cada lugar lindo e tranquilo muita paz!