Fiesch 1990 – 2024 (Suisse Day 5 e 6)

“São só 25 k, o percurso beira o trilho de trem; plano.”

Descemos de Blatten Bei Naders e seguimos as indicações para Fiesch. A previsão do tempo dava um alerta a chuvas fortes e trovoadas portanto a programação do dia era somente ir até o próximo destino antes da chuva.

Fabrica de queijos… raclette, fondue é motivo para parada para foto.

Seguimos as placas de percurso de bike e num dos desvios uma cerejeira nos convida à outra parada.

e já que paramos…

25 k que beiram o trilho do trem, Santa ingenuidade! Estamos na Suíça!!! Aqui os trens sobem montanhas!

Os 25 k incluíam 500 m de ascensão. Desce da bike e empurra!

Não parece subida né? Mas era! Aproveita para se perder com a paisagem do rio Rhone.

Depois de quase 3 horas de viagem chegamos ao destino do dia: Fiesch.

Fiesch passou a ser o nosso ponto de interesse porque descobrimos que no topo da montanha tinha uma Via Ferrata com vistas incríveis do Glaciar Aletsch (lembra aquele de ontem?) aqui, dizem que a vista é muito mais privilegiada. A vilarejo é mínimo.

Paramos para almoçar, ligo para meu pai.

“Onde vocês estão? Fiesch?!!!” ele se espanta ao telefone: “Estão vendo a igreja? Essa igreja me causa pesadelos até hoje. Passei voando baixo sobre ela no mundial de 1990 em meio uma turbulência assustadora. Pousei no meio de um milharal. O vento estava tão forte que a asa capotou, abrindo uma clareia de 10 metros.”

***

No dia seguinte nosso plano  seria subir de góndola e atacar a Via Ferrata Eggishorn.

“A Via Ferrata está fechada! Ainda tem muita neve lá em cima!”

Ah não!

Bom, vamos subir então de gôndola e a gente reproduz a mesma foto do pai na frente do glaciar.

Quando chego na bilheteria o moço me mostra a imagem tempo real da câmera do topo da montanha; tudo completamente encoberto.

“Tem certeza que vocês querem subir?”

Às risadas da situação respondo que não e seguimos os dois, rindo.

Subir. Pra que que a gente ia querer subir? O glaciar de 1990 já derreteu todo.

Vamos de trem para o próximo destino: “Olha, sai um em 9 minutos, compra logo o bilhete.”

De bilhetes em mão vem uma senhora e começa a falar em alemão conosco, sem entender seguimos rapidamente para a plataforma para pegar o trem. Vendo tudo meio vazio e esquisito sigo para bilheteria.

O mesmo cara rindo: “Os trens estão suspensos; a chuva de ontem elevou o rio”

“Ok, sem problemas vamos de bicicleta!”

“Não dá; as estradas também estão interditadas. Vocês estão presos.”

E assim o trauma de Fiesch tornou-se familiar.

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