Hello Punakha! {Bhutan Day 4}

Hoje foi dia de visitar o vilarejo e seu templo da fertilidade. Para isso, voltemos ao Divine Madman, o grande protagonista de nossas histórias por aqui.

Na época passada quando os povos faziam a travessia de Punakha até Thimphu, pernoitavam no caminho e paravam no alto da montanha, Dochula (por onde passamos ontem). 

Lá estavam sendo aterrorizados por um demónio feminino (estamos percebendo aqui que os demónios são sempre mulheres, porque será?), então conhecendo os poderes do Divine Madman, chamaram no para que derrotasse o demónio. 

Reza a lenda que o demônio assumiu a forma de um cão negro para escapar, e desceu correndo pela trilha (o downhill que fiz ontem de bike) até o vale. 

Então quando o demónio cansou, Drukpa Kunley, com sua “Flecha da Sabedoria” e seu humor característico, conseguiu derrotá-lo. Para garantir que o espírito maligno não ressurgisse, ele ordenou a construção de uma estupa negra exatamente no local onde o demônio foi vencido.

Diferente das estupas tradicionais brancas, essa foi feita com pedras escuras, simbolizando a contenção da energia negativa. A estupa se tornou um local de grande importância espiritual.

Mais tarde, no século XV, seu primo construiu um templo no local onde está a estupa em homenagem a Drukpa Kunley, o Divine Madman.

O templo da fertilidade, tornou se um dos lugares mais sagrados do Butão mantendo viva a lenda e o legado irreverente do Divine Madman.

É mantido pelo governo mas atualmente é sustentado pelos diversos casais e famílias que tinham problema de fertilidade e após visitar o templo conceberam. Dentro do templo é possível folhear vários álbuns com fotos das crianças e bilhetes de agradecimento.

Ao lado do altar tinha um enorme falo (um pinto) de madeira (devia ter uns 60 / 70 cm de altura) envolto por duas argolas de metal, uma em cima outra mais embaixo, que seguravam duas alças (como se fosse uma mochila). A mulher infértil que visita o templo deve colocar o falo nas costas e dar três voltas no templo, depois recebe a benção do monge, e com ela o nome do seu futuro bebé. 

Depois de maravilhadas com essas histórias fomos visitar ali perto um vilarejo chamado Sopsokha, conhecido por suas casas decoradas com imagens coloridas de falos.

O Phallus, dos símbolos mais icônicos ligados ao divine Madman, por sua maneira irreverente que desafiava as normas sociais para transmitir ensinamentos espirituais de forma não convencional, usando seu humor, e comportamento imprevisível.

Para os butaneses, essa imagem não é obscena, e sim um símbolo de proteção contra o mal e bênçãos. Olha aqui, na estrada de uma loja junto com as bandeirinhas com mantra de reza:

Na lojas falos de todos os tamanhos materiais e cores. Foi muito divertido caminhar por ali.

O almoço do dia foi um picnic montado num parque. Hoje coincidentemente celebra se o novo ano, que é uma data onde os butaneses se reúnem com a família

Enquanto o almoço não ficava pronto aproveitamos para olhar o jogo de dardos.

Aqui a distância também é impressionante são 50 metros. Quando eles acertam a flecha no alvo comemoram com uma dança e canto tradicional e ganham uma faixa de tecido que penduram na cintura. Então é possível identificar os melhores jogadores a distância.

Muito incrível de ver! 

Almoçamos todos juntos, para nossos anfitriões comida picante, para nós western style. A comida é a mesma o que difere é a quantidade de chili.

A tarde fomos visitar o Punakha Dzong, também conhecido como Palácio da Grande Felicidade (Pungthang Dewachen Phodrang), é um dos mosteiros-fortalezas mais espetaculares e historicamente importantes do país.

Construído em 1637 o forte  está estrategicamente localizado na confluência dos rios Pho Chhu (rio masculino) e Mo Chhu (rio feminino). 

Com sua impressionante arquitetura, o forte tem paredes brancas e detalhes em madeira esculpida e dourada, além de belos murais que retratam a história do budismo. (Aqui nos perdemos! no bom sentido)

Serviu como sede do governo até 1955 e ainda abriga relíquias sagradas e os corpos embalsamados de antigos líderes espirituais. Punakha era a antiga capital do Butão, depois Thimphu tomou lugar, pela sua proximidade com o aeroporto e localização estratégica.

O templo dentro do forte tem todas as suas paredes pintadas com a história de Buddha, foi assim ouvindo os desenhos tomarem vida através de seus contos que ficamos ainda mais envolvidas pela maravilha do lugar e suas crenças.

No final do dia fui com SP para retirada dos kits e briefing da meia maratona. 

Amanhã é correr!

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2 Responses

  1. Para que conste, fiz zoom na comida, observei as cores, a forma de colocar os talheres a louça (tinha malgas iguais às que se vendem do ikea? )
    Adoro as cores e a cultura é tão especifica e mágica!
    Beijooo manaaa!

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