Atenção isso não é um texto feminista, longe disso. Aliás, quem me conhece sabe, eu nunca fui de erguer bandeiras e tomar partidos, não gosto de assuntos polêmicos e tão pouco de política.
Ultimamente eu tenho esbarrado com muitos fatores que me puseram a divagar.
Desde que mudei para Portugal comecei a notar a diferença entre países e aqui, aos meus olhos, nota se mais a cultura tradicional e a hierarquia familiar.
Eu nunca tive problemas em estar no substantivo feminino, muito pela minha educação que já vem livre e quebrando tabus lá de cima, com a minha avó. Mulher que entre muitas de suas aventuras nem avião e brevê ficaram de fora do seu currículo de vida.
Minha avó, para as minhas amigas era a “avó moderna” e na sequência, como não poderia deixar de ser, meus pais também eram “modernos”.
O que sempre me foi garantido em questões de ser e estar nesse mundo, eu vejo aqui, que para muitas é algo que tem que ser conquistado.
Num desses passeios de bike enquanto pedalava ouvi:
“Está sozinha?”
“Não, estou com meu namorado.”
“Onde ele está?”
“Ah deve estar pedalando feliz lá na frente.”
Indignação.
Mulher não pedala sozinha. Mulher não se aventura sozinha, não viaja sozinha. Mulher só lava roupa?
O mundo indignado nunca me assustou, e a normalidade escolhida faz por acabar com o espanto alheio.
Mas a consciência do poder herdado me chegou aos poucos com o tempo.
Foi quando remava com mais dez bravas garotas no Paddle Battle, que bateu forte a inspiração. Numa dura competição onde haviam acabado de completar 20 quilômetros correndo, entraram na água para remar 13 k de stand up paddle. Muitas nunca haviam remado, e mesmo as que mais tinham paúra da água, se colocaram firmes em pé na prancha.
No meio do rio, em um dos momentos em que eu estava sozinha, me dei conta da força de todas aquelas que estavam ali. Fragilidade feminina; Chorei.
Chorei de felicidade com as mulheres que me tem inspirado.
Mulheres que seguem seu instinto, sua personalidade, seus desejos. Aventureiras, mães, filhas, mulheres fortes. Casadas ou separadas, decididas. Mulheres que não tem medo de recomeçar, de se descobrir, de se encontrar. De experimentar coisas novas. De ser e estar.
Obrigada às Lurdes, Teresas, Danielas, Margaridas, todas Bárbaras que inspiram o mundo a seguir seus sonhos.
Obrigada Rui, por me dar asas, respeitar a minha essência e sempre me incentivar a voar.
Obrigada Zette, papi e mami por terem aberto a trilha, e terem deixado o caminho tão suave.
Espero seguir e poder também inspirar através de vivências e experiências que lugar de mulher é onde ela for feliz!
3 Responses
Obrigada? Nao entendi… 😎
Que voes cada vez mais e mais alto mas o mais importante tu sabes… Voa sempre para onde fores feliz!!!
Ailobiu 🧡 minha libelinha!
És pássaro que ensina a voar♡
És inspiradora, ponto de Luz que quero seguir♡
Obrigada, grata por ter uma Luli na minha vida♡
Vc é a inspiração te admiro muito minha Pirulita !!! 😍 love you ❤️❤️❤️