Para acessar as vias ferratas, saindo de Engelberg é preciso pegar primeiro a gôndola.
O dia está lindo e o visual quando começamos a subir já é uma amostra do que o dia promete.
A gôndola nos leva a Ristis (1.606 m) , mas ainda é preciso pegar um teleférico para chegar a Brunni (1.860 m) o sopé onde é a entrada para a Brunnistockli a primeira via ferrata do dia.
Brunnistockli é uma Via Ferrata para principiante, super fácil, curta e divertida. Com bons ingredientes para aqueles que querem ter uma perpecpção do que é, com ponte nepalesa, escalada em grampos e em rocha e um visual incrível.
As muitas das vias ferratas aqui na Suíça que fizemos já começavam em grandes altitudes, isso acaba sendo uma garantia de que ela certamente será cénica.
Nós demoramos um pouco para achar a entrada da via, eu ainda não tinha entendido que Brunnistocli e Rigidalstock eram duas vias ferratas diferentes, eu achava que a segunda continuava como uma opção de saída, mas não.
Só depois que terminamos a primeira que vimos placas para a segunda. “Peraí, será que vamos subir toda essa montanha mesmo?”
A trilha de acesso à Via Ferrata Rigidalstock é super exigente. Saindo de Brunni que está abaixo dos 2 mil por uma trilha cheia de pedras e piso irregular até chegar no começo da escalada, o destino é o cume do Rigidalstock (2.593 m). Demorou 1h30 (meia de escalada da Brunnistockl) e uma hora escalacaminhando.
Nesse momento já imaginando o quanto dia iria ser longo meu irmão já estava me xingando (com amor, claro).
A Rigidalstock tem duas variantes separadas, sem saber escolhemos a variante mais difícil K4 que sobe mais verticalmente por seu paredão. Mas como a anterior, nível de medo; zero. Apesar de ter muita escalada em rocha, os pontos de apoio são muitos e o paredão nunca é totalmente vertical. Escalada linda e divertidissima!
Mais uma hora e meia para chegar ao cume da montanha. Que visual!
Aproveitamos para comer curtindo a conquista e as amplas vistas. Ali descobrimos que a descida era pela via ferrata. Ué mas não é mão única? A variante que viemos sim, mas a volta era pela variante da crista que era K3 essa era tanto subida quanto descida.
Foi mais uma hora e meia até chegarmos na estacão de teleférico e fazermos o caminho inverso. Quando chegamos de volta a estação da Gôndola as nossas bikes estavam nos esperando ja carregadinhas, exatamente como as deixamos estacionadas. Viva a Suíça!
Quase 6 horas de aventura, e você acha que o dia acabou? Nada!
Hora de descer e pedalar mais 35 k de Engelberg até Lucerne.
O calor estava castigando! “Vamos entrar no lago?”
Como todo bom Suiço fizemos da grama a nossa praia e curtimos a água gelada, para refrescar o corpo um pouco, antes de seguir viagem.
Em Lucerne pegamos um trem até Zurique, onde termina a nossa aventura. Nina e Chuta ficam na decathlon com ajuda de Trimor um atendente super simpático que viu que nós tratamos delas como filhas nessas duas semanas!
Herlitzen dank Switzerland!
15 dias
8 Vias Ferratas (1 assustadora hihihi)
280 k de bike
60 k de trekking
Valeu mano, por muitas mais aventuras nessa vida juntos! Love you!